Grupo 1 - Teoria do Consumidor: Preferências e Curva de Indiferença

   1. Introdução

Esse terceiro texto da disciplina de Economia e Finanças tem como objetivo continuar o assunto sobre a Teoria do Consumidor, agora abrangendo novos aspectos, como a restrição orçamentária e a curva da indiferença, ferramentas essenciais dessa teoria. Esses novos aspectos não tratam tanto do consumidor em si, mas de como suas ações tem embasamento matemático e financeiro, e como se aplicam entre si. Por exemplo, como a curva de indiferença e a taxa marginal de substituição são usadas para entender escolhas do consumidor e outras ações.

É esperado desse documento apenas uma breve e simples introdução a esses novos temas, e como eles se encaixam na Teoria do Consumidor, já estudada anteriormente.


    2. Curva de Indiferença

A curva de indiferença é uma representação gráfica em plano cartesiano, que representa a satisfação do consumidor ao adquirir um produto ou outro, que lhe garantiram a mesma utilidade. 
No gráfico abaixo a quantidade de produtos A comprados é representado pelo eixo X e a quantidade de produtos comprados B é representado pelo eixo Y. A linha 1 é a curva de indiferença, ou seja, qualquer quantidade de produtos A e B comprados que estejam sobre essa linha, vai ser indiferente ao consumidor. Já que lhe proporcionará o mesmo grau de satisfação. O Ponto A(3,2) indica que o consumidor comprou 3 produtos A e 2 produtos B, e o Ponto B(1,4) indica que o Consumidor comprou 1 produto A e 4 produtos B. E em ambos os casos o consumidor obteve o mesmo nível de satisfação.  
O grau de satisfação do consumidor também aumenta de acordo com o que a linha se afasta do Ponto (0,0). Ou seja, A linha 2 representa um grau de satisfação maior que a linha 1. E a linha 3 representa um grau maior de satisfação do que a linha 3.
Abaixo, alguma características da curva de indiferença:
·           Inclinação negativa. A curva de indiferença sempre possui inclinação negativa, pois sempre que o consumidor compra mais de um dos produtos, indica que ele compra menos de outros produto, sempre tendo o mesmo nivel de satisfação. Se a inclinação fosse positiva, isso violaria a premissa de que uma quantidade maior de mercadoria causaria maior satisfação ao consumidor.
·      As Curvas não podem se cruzar. As curvas de Indiferença não podem se cruzar, pois isso também violaria a premissa de que, quanto mais produtos comprados, maior satisfação.

3. Restrição Orçamentária

Esse assunto trata de como um consumidor pode gastar sua renda de forma a não excedê-la e saber quanto de cada produto poderá comprar para equilibrar os gastos.
A restrição orçamentaria trabalha em uma área onde são comparados dois bens, ou seja, a partir do custo de um produto A e um produto B, será analisado quanto de cada produto poderá ser comprado para não ultrapassar a renda. 
Para isso, contamos com uma fórmula matemática:

R = Qa.x +Qb.y
     Onde:
     R: Renda.

     Qa: Quantidade do produto A.
     Qb: Quantidade do produto B.
     x: Valor de cada produto A.
     y: Valor de cada produto B. 

Suponhamos que um produto A custe R$5,00 e um produto B custe R$10,00 e que a renda seja igual a R$1000,00. Aplicando a fórmula temos:
           Se isolarmos A temos:
 
Nesse caso o -2 será o coeficiente angular da equação, ou seja, para cada unidade de B que for comprada, será necessário deixar de comprar duas unidades de A.
    Nos casos apresentados, ainda não se considera a preferencia do consumidor, pois o consumidor pode ter sua preferencia. A preferencia será o próximo tópico a ser tratado.
     Exemplo para ilustração:
     Supondo uma renda de R$ 1.000,00 e supondo o preço médio de cada refeição de R$ 20,00 e preço médio do vestuário de R$ 100,00. O consumidor poderia usar toda a renda para comprar alimentação, o que daria em 50 refeições (Cmax = R/Pa, ou 1000/20 = 50). Ou poderia gastar toda a renda em vestuário, o que daria 10 peças de vestuário (1000/100 = 10).
    Assim, a curva de restrição orçamentária teria no ponto vertical vestuário (10) e no ponto horizontal, alimentação (50), sendo as combinações feitas a partir desse sentido. Se for dividido ainda 50/10, daria para comprar uma unidade a mais de vestuário a cada redução de 5 refeições, assim como a economia de 1 peça de vestuário retornaria 5 refeições a mais.

4. Premissas básicas

   O estudo das preferências do consumidor, conciliado com a restrição orçamentária do mesmo, nos serve de subsídio para entender as escolhas do consumidor. Uma vez que levamos em conta que os consumidores são racionais*, e por isso escolhem as melhores coisas pelas quais podem pagar. De outra forma, escolhem os bens que preferem dada uma restrição orçamentária.
   A partir da análise desses recursos chegamos a conclusões importantes que nos ajudam a entender o comportamento dos consumidores, conclusões essas que são Também chamadas de axiomas.
   Antes de comentar sobre as premissas, faz-se necessidade entender algumas ideias como as cestas de mercado.
   Uma cesta de mercado consiste em um conjunto de uma ou mais mercadorias sendo que, uma cesta de mercado pode ser preferida a outra cesta que contenha uma combinação distinta de mercadorias.
   A partir dessa breve introdução referente a cestas de mercado, podemos definir os axiomas de preferência do consumidor como:
  •  Completa: Pressuposto que afirma que todas as cestas de bens podem ser comparadas, de forma que os consumidores possam escolher entre elas.
  • Reflexiva: Pressuposto que afirma que todas as cestas de bens são tão boas quanto elas mesmas. Em outras palavras, pode-se dizer que nenhum consumidor estaria disposto a pagar mais por uma cesta de bens A, igual a cesta de bens B, de menor preço. 
  • Transitividade: Pressuposto que afirma que se uma combinação de cestas de bens A é preferível a outra combinação B, B por sua vez é preferível a C, logo, por transitividade, A é preferível a C.

* A Economia Comportamental (Behavioral Economics) mostra que não são tão racionais assim.

     5. Taxa marginal de substituição

 Representada por TMgs a Taxa marginal de substituição é um conceito de microeconomia que diz o quanto se esta disposto a se desfazer de um produto A em troca de um produto B, porem não alterando o grau de satisfação do consumidor. A quantidade da troca varia de acordo com a necessidade que se tem de obter o outro produto.
   Por exemplo, uma pessoa tem uma extrema necessidade de obter o produto B, e possui 15 unidades do produto A, esta pessoa estaria disposta a trocar 5 unidades de A por 1 unidade de B, assim a pessoa agora possui 1 unidade de A e 10 unidades de B, podemos dizer que a TMgs neste caso é de 5.
        No entanto pode ainda haver necessidade do produto A, porem agora esta necessidade não é extrema como anteriormente, então a disposição da
troca deve diminuir, sendo assim agora a pessoa está disposta a trocar apenas 2 unidades do produto B por 1 unidade do produto A, sendo assim agora a TMgs é de apenas 2, e o resultado desta troca é 2 produtos de A e 8 produtos B.
       Conceituando podemos dizer q a TMgs sempre será decrescente quando a nesse cidade de obtenção do produto diminuir, e é constatado que quanto mais se obtém de um produto menor será sua necessidade de outra unidade, porque maximizamos a utilidade daquele produto.

     6. Conclusão

 Concluímos que essas ferramentas estudadas nesse documento são importantes para estudar as ações do consumidor e suas escolhas. A taxa marginal de substituição dita o pensamento que um consumidor pode ter sobre a escolha entre um produto A ou B; e as premissas precisam sempre serem levadas em conta ao estudar suas escolhas. Isso sem levar em conta a restrição orçamentária do indivíduo, que pode ou não controlar seus recursos que serão gastos.
 Esse texto, juntamente com o texto anterior que explicava brevemente sobre as ações do consumidor, tentam explicar um conjunto de fatores que leva o consumidor a fazer suas escolhas. Não só suas preferências e vontades, mas também agora sua restrição orçamentária, seu poder de decisão sobre substituições entre um produto e outro, e as premissas levadas em conta ao decidir.

Referências Bibliográficas

BRASIL, J. C. Microeconomia: Taxa Marginal de Substituição (TMS). Disponível em: <http://dbconcurseiro.blogspot.com.br/2012/05/microeconomia-taxa-marginal-de.html>. Acesso em 20 de maio de 2013.

NUNES, P. Conceito de Taxa Marginal de Substituição. Disponível em: <
http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/taxamarginaldesubstituicao.htm>. Acesso em 20 de maio de 2013.

UFRJ, Instituto de Economia. Teoria do Consumidor. Disponível em: <http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/15_aula_15_teoria_do_consumidor_cap10_cont.pdf>. Acesso em 20 de maio de 2013.

ANDRADE, E de. Teoria do Consumidor: microeconomia e finanças pessoais. Disponível em: <http://profelisson.com.br/2012/06/18/microeconomia-e-a-questao-da-restricao-orcamentaria/>. Acesso em 20 de maio de 2013.

Informe Econômico. Curva de Indiferença. Disponível em: <http://www.informeeconomico.com.br/conceitos/curva-de-indiferenca/>. Acesso em 20 de maio de 2013.

NUNES, P. Curva de Indiferença. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/economia/curva_de_indiferenca.htm>. Acesso em 20 de maio de 2013.

Autores:  Carlos Vinícius Pancioni          AD121164
                      Larissa Oliveira Simões          AD121176
                      Matheus Henrique Leite           AD121188
                      Rafael Henrique Camargo      AD121196
                      Nicolas de Castro Silva           AD121191      

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