Esse documento tem como objetivo fazer uma breve introdução sobre a Teoria do Consumidor e os conceitos necessários para entendimento de como fatores da Microeconomia influenciam no comportamento individual de consumidores de todas as faixas de remuneração, e como esse mesmo comportamento pode atingir grandes empresas que controlam o mercado e os meios de produção. Os consumidores são os fornecedores de trabalhado e demandantes de bens de consumo, maximizando a utilidade desses bens de acordo com o seu orçamento e seus desejos.
Esse documento tratará brevemente dos fatores que levam os consumidores a restringirem seus orçamentos, suas vontades e determinar o que realmente é útil para sua compra, através de ferramentas como demanda, oferta e outras que serão tratadas em textos posteriores, como curva da indiferença e restrição orçamentária.
Esse documento tratará brevemente dos fatores que levam os consumidores a restringirem seus orçamentos, suas vontades e determinar o que realmente é útil para sua compra, através de ferramentas como demanda, oferta e outras que serão tratadas em textos posteriores, como curva da indiferença e restrição orçamentária.
2. Introdução a Microeconomia
Microeconomia, muitas vezes também chamada de teoria dos preços, é o ramo da economia que trata da formação dos preços no mercado, podemos dizer que ela trata de como empresas e consumidores chegam a conclusão de quanto vale um produto ou serviço, baseando-se na oferta e demando para chegar a um valor monetário.
A microeconomia divide-se em três conceitos que melhor a definem como um todo.
2.1 Teoria do consumidor: Que estuda o comportamento e preferências dos consumidores, partindo da analise de suas atitudes, escolhas e restrições de preços e/ou demanda de mercado.
2.2 Teoria da Empresa: Que estuda a demanda de mercado e a capacidade de consumo dos consumidores, perante a visão da empresa e sua produção.
2.3 Teoria da Produção: Que estuda processos de transformação de matéria-prima em produtos comerciáveis às empresas, referindo-se a serviços do tipo comercio, transportes, e atividades financeiras.
Este trabalho tem seu foco no consumidor e suas relações, portanto abordaremos com maior clareza assuntos o consumidor e a teoria do consumidor dentre outros assuntos.
3. Definição de consumidor
Ter uma definição exata do que é consumidor, sendo assim três teorias sobre o assunto acabaram surgindo: a teoria finalista, a maximalista e a finalista moderna.
Para a teoria maximalista, um consumidor passa a ser consumidor a partir do momento em que ele tire o produto do mercado, sendo ele para uso próprio ou para revenda. Ou seja, a partir do momento em que uma pessoa compra uma bala no mercado, ela já passa a ser considerado um consumidor.
Ao contrario da teoria maximalista, a teoria finalista entende que um consumidor só será considerado consumidor quando ele retirar um produto ou serviço do mercado fazer uso próprio, não havendo uma revenda, ou seja, sem que o produto seja colocado novamente no mercado.
Assim como a teoria finalista, a teoria finalista moderna só considera um consumidor se ele retira um produto do mercado para uso próprio sem que o produto seja utilizado como insumo. No entanto, essa teoria aceita que tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas possam ser consideradas consumidoras, desde que ao adquirir um produto ou serviço ele seja o destinatário final, ou seja, não recolocado no mercado.
O objeto básico da teoria do consumidor é o comportamento do consumidor individual. Sendo o consumidor visto como uma unidade de consumo ou gasto, portadora de certo orçamento.
Existe uma hipótese básica de que os indivíduos distribuem de forma racional a totalidade de suas despesas, buscando obter o máximo de satisfação dentro das limitações de orçamentos.
A Teoria do Consumidor aborda o consumidor como um indivíduo racional, ou seja, ele calcula deliberadamente, escolhe conscientemente e maximiza a sua satisfação ou utilidade do bem/serviço adquirido. Um consumidor padrão quer obter o melhor uso do seu recurso, ou seja, obter o máximo possível com a limitação de recurso. O máximo possível pode ou não ser “racional”, ou seja, o consumidor pode querer o máximo possível de exibicionismo, o que parece irracional mas tem uma lógica psicológica interna.
Pontos abordados pela teoria: comportamento do consumidor, preferência do consumidor, restrições orçamentárias, curva de indiferença e demanda de mercado.
A teoria parte de algumas premissas básicas, tais como:
- Integralidade – todo consumidor tem a capacidade de ordenar suas preferências;
- Transitividade – existe Consistência na capacidade de ordenar as preferências
- Monotonicidade – mais de um bem é melhor que menos.
Existem duas abordagens da Teoria do Consumidor:
Abordagem Cardinal – procura analisar o comportamento do consumidor, partindo da hipótese de que os bens têm utilidade mensurável quantitativamente. Por meio da medida quantitativa da utilidade das coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo, visando a satisfação das suas necessidades. Fundamenta-se na escolha e utilização de alguns elementos ou conceitos básicos, tais como: a noção de utilidade, o problema da medida da utilidade, a noção de utilidade marginal e a lei da utilidade marginal decrescente.
Abordagem Ordinal – sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese da mensurabilidade quantitativa da utilidade, substituindo-a pela hipótese da comparabilidade. Comprando a utilidade das coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens capazes de atender as suas necessidades.
Abordagem Cardinal – procura analisar o comportamento do consumidor, partindo da hipótese de que os bens têm utilidade mensurável quantitativamente. Por meio da medida quantitativa da utilidade das coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo, visando a satisfação das suas necessidades. Fundamenta-se na escolha e utilização de alguns elementos ou conceitos básicos, tais como: a noção de utilidade, o problema da medida da utilidade, a noção de utilidade marginal e a lei da utilidade marginal decrescente.
Abordagem Ordinal – sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese da mensurabilidade quantitativa da utilidade, substituindo-a pela hipótese da comparabilidade. Comprando a utilidade das coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens capazes de atender as suas necessidades.
A utilidade, em seu sentido mais amplo, é caracterizada como a adequação de um bem para satisfação de uma necessidade sentida por um indivíduo. Quando se consome algum produto, obtém-se certa satisfação. Significa a capacidade de satisfação das necessidades sentidas, inerentes ao bem. Esse é um conceito introspectivo do consumidor: reside na sua mente, sendo, portanto, subjetivo.
Através da curva de indiferença, que um gráfico de uma função que mostra combinações de bens, na quantidade que torna o consumidor indiferente, poderá observar melhor como o consumidor tem preferência entre uma combinação contra outra, já que cada uma provê um mesmo nível de satisfação (utilidade não muda).
Concluímos que a Teoria do Consumidor abrange amplos aspectos sobre o comportamento e a preferência do consumidor, por meio de ferramentas da economia cálculos de demanda de mercado e curva de indiferença. Mas somente estudar essas ferramentas não é o suficiente, pois o consumidor é muito mais do que o cliente da loja, o comprador que escolhe entre uma marca ou outra. É um individuo, com vontades e desejos, que precisam ser levados em conta ao estudar seu comportamento perante escolhas de bens de consumo. Consumidores são altamente limitados pelo seu orçamento e o que é encarado como útil ou não, e cabe ao mercado se adequar a isso ou sofrer as consequências de falta de receita e lucro, pois, se o seu produto não agradar os gostos e a necessidade de cada individuo, não haverá demanda. Não só os consumidores, mas tudo na natureza é limitado, portanto a essência da economia é justamente o atendimento das necessidades à escassez de recursos. Na medida que o consumidor tem sua necessidade atendida, menos disposto ele está para pagar uma unidade adicional de produto.
Para o consumidor é indiferente qualquer composição que ele faça entre bens substitutos desde que sua necessidade é atendida, assim o que demandará o efeito substituição dos produtos é a diferença de preços entre eles (preços relativos) e o grau de substituição entre os bens.
Quantidade de produtos que compradores desejam e podem adquirir a diversos níveis de preço. Existe uma relação inversa/ negativa entre preço e quantidade.
A quantidade demandada depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço: o seu preço, o preço dos outros bens substitutos ou complementares, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar a influência dessas variáveis, considera-se separadamente a influência de cada uma nas decisões do consumidor.
Como a demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazê-los.
Sempre que damos prioridade para o consumo de alguma coisa em detrimento de outra, estamos demonstrando um desejo. O desejo é a maneira específica na qual buscamos a satisfação de nossa necessidade.
A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a demanda que determina o movimento da oferta. Por isso, para as empresas, além de identificar os desejos e as necessidades de seus consumidores, é muito importante identificar a demanda para um determinado produto ou serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se comprará da oferta que a empresa disponibiliza no mercado. Isto é, quem e quantos são os consumidores que irão adquirir o produto ou serviço.
É a quantidade de produtos que vendedores desejam e podem produzir para vender a diversos níveis de preço.
Quando o preço de um bem aumenta ou diminui, as quantidades oferecidas desse bem tendem a aumentar ou a diminuir, respectivamente. Assim, se ignoramos as restantes forças do mercado, quando o preço de um bem aumenta, as quantidades oferecidas também vão aumentar, pois os vendedores têm uma maior interesse em vender os bens mais caros que serão geradores de um maior lucro. Por outro lado, quando o preço de um bem diminuir, as quantidades oferecidas tendem a diminuir também, pois os vendedores não têm tanto interesse em vender os bens que lhes dão menos lucro.
Dizemos assim que, segundo a lei da oferta, os preços de um bem e as quantidades oferecidas variam na razão direta. Porém, vale lembrar que a oferta também possui importantes fatores limitantes.
Em teoria econômica, denomina-se utilidade, a propriedade que os produtos tangíveis e serviços têm de satisfazer as necessidades e desejos humanos. Bens existentes em quantidades superiores às necessidades humanas, como o ar que respiramos, embora úteis, são considerados bens livres e estão fora do âmbito da Economia.
A decorrência é que para que sejam classificados como bens econômicos, existe a necessidade se sua classificação tanto como úteis, como também escassos.
Bens econômicos são assim, úteis e escassos. Adam Smith, questionava, no célebre "paradoxo do valor", como é que a água, que tem tanta utilidade tem tão pouco valor, enquanto diamantes, que não têm utilidade, têm tanto valor?
Todos os bens econômicos são regidos pelo princípio fundamental da utilidade marginal decrescente. Esse princípio enuncia que cada unidade sucessiva de um determinado bem adiciona menos satisfação do que aquela proporcionada pela unidade anterior.
A moderna teoria da utilidade marginal é subjetiva e declara que o valor depende da utilidade, isto é, da avaliação subjetiva que os consumidores atribuem aos diversos bens disponíveis no mercado. A satisfação proporcionada pela aquisição de cada unidade de qualquer bem é sempre inferior à propiciada pela aquisição da unidade anterior. Aqui temos a primeira pilastra do consumidor. Por isso ele está cada vez menos propenso a pagar por uma unidade adicional de produto e por isso que quanto maior a oferta menor será o preço, por que sobram produtos no mercado e o consumidor como tem menor nível de satisfação, tenderá a exigir o preço menor para ser motivado a adquirir.
O conceito de utilidade marginal significa também que as escolhas econômicas são tipicamente entre quantidades pequenas, ou marginais. O consumidor não escolhe entre comprar uma grande quantidade de carne ou não comprar nada. Em termos mais práticos, ele se pergunta, com base nesses preços, não seria mais negócio comprar um pouco mais de carne e um pouco menos de fígado? Sua comparação não se dá em termos de quantidades totais, mas de quantidades marginais. Ele pondera as possíveis vantagens de fazer pequenos ajustamentos nas fronteiras de seu padrão de consumo atual. Aqui temos a segunda pilastra. Desde que sua necessidade seja atendida, lhe é indiferente qualquer combinação que ele faça, isso é determinado então, pelos preços relativos entre os produtos e o grau de substituição.
A força condutora do princípio marginal é que a escolha econômica tipicamente envolve pequenos ajustes na margem de decisão. As hipóteses que fundamentam a lei da utilidade marginal decrescente, são que:
- Os desejos são saciáveis;
- Diferentes bens não são substitutos perfeitos na satisfação de necessidades específicas, depende do grau de substituição.
Em escalas de comparações de utilidades, isso equivale a dizer que, quanto mais escasso um bem, tanto maior o seu valor relativo de substituição; a utilidade marginal de um bem que se tornou escasso aumenta em relação à utilidade marginal do bem que se tornou abundante.
Em sua forma convencional, a curva de oferta é ascendente da esquerda para a direita, enquanto que a curva de procura descendente. Os pressupostos dos custos crescentes (rendimentos decrescentes) e da maximização dos lucros, explicam o comportamento da curva da oferta, enquanto que o pressuposto da utilidade marginal decrescente e da maximização da satisfação do consumidor, explicam o comportamento da curva da demanda.
Essa habilidade de um bem ou serviço para satisfazer as necessidades ou desejos do cliente, se manifesta de várias formas distintas, a saber: utilidade da forma, utilidade de tempo, utilidade de lugar, utilidade de informação, utilidade de posse e utilidade de imagem.
- Utilidade de forma: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que os materiais e componentes que nele se incluem, foram combinados de tal forma a se ter aquele produto final específico.
- Utilidade de tempo: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que está disponível no momento em que é requerido.
- Utilidade de localização: é o valor conferido a um produto em virtude do fato que ele está no lugar onde é demandado. Também denominado de Valor de Transecção.
- Utilidade de informação: consiste no valor que é conferido a um produto em virtude do fato que ele pode prover o usuário com informações úteis.
- Utilidade de posse: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que o comprador tem o direito legal de possuí-lo e usá-lo livremente.
- Utilidade de imagem: é o valor atribuído a um produto em virtude do fato de que traz satisfação para o usuário na criação de prestígio e estima.
6. Conclusão
Concluímos que a Teoria do Consumidor abrange amplos aspectos sobre o comportamento e a preferência do consumidor, por meio de ferramentas da economia cálculos de demanda de mercado e curva de indiferença. Mas somente estudar essas ferramentas não é o suficiente, pois o consumidor é muito mais do que o cliente da loja, o comprador que escolhe entre uma marca ou outra. É um indivíduo, com vontades e desejos, que precisam ser levados em conta ao estudar seu comportamento perante escolhas de bens de consumo. Consumidores são altamente limitados pelo seu orçamento e o que é encarado como útil ou não, e cabe ao mercado se adequar a isso ou sofrer as consequências de falta de receita e lucro, pois, se o seu produto não agradar os gostos e a necessidade de cada indivíduo, não haverá demanda.
ECONOMIA 8 – Demanda. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=ES0Q926c13o>. Acesso em 07 de abril de 2013.
ECONOMIA 9 – Lei Geral da Demanda. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=qiaYSqjb_Ic>. Acesso em 07 de abril de 2013.
ESCÓSSIA. C. O que é Microeconomia?. Disponível em: <http://www.carlosescossia.com/2009/12/o-que-e-microeconomia.html>. Acesso em 08 de abril de 2013.
MAIA, M. V. de A. As teorias sobre o conceito de consumidor. Disponível em: <http://www.cavalcantimedeiros.adv.br/pdf/as_teorias_sobre_o_conceito_de_consumidor.pdf>. Acesso em 07 de abril de 2013.
Microeconomia. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/economia/microeconomia.htm>. Acesso em 07 de abril de 2013.
Teoria da Utilidade. Disponível em: <http://admuesc2009.blogspot.com.br/2009/08/1-teoria-da-utilidade_22.html>. Acesso em 07 de abril de 2013.
Autores: Carlos Vinícius Pancioni AD121164
Larissa Oliveira Simões AD121176
Matheus Henrique Leite AD121188
Rafael Henrique Camargo AD121196
Nicolas de Castro Silva AD121191
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