1. Definição de consumidor
Ter uma definição exata do que é consumidor, sendo assim três teorias sobre o assunto acabaram surgindo: a teoria finalista, a maximalista e a finalista moderna.
Para a teoria maximalista, um consumidor passa a ser consumidor a partir do momento em que ele tire o produto do mercado, sendo ele para uso próprio ou para revenda. Ou seja, a partir do momento em que uma pessoa compra uma bala no mercado, ela já passa a ser considerado um consumidor.
Ao contrario da teoria maximalista, a teoria finalista entende que um consumidor só será considerado consumidor quando ele retirar um produto ou serviço do mercado fazer uso próprio, não havendo uma revenda, ou seja, sem que o produto seja colocado novamente no mercado.
Assim como a teoria finalista, a teoria finalista moderna só considera um consumidor se ele retira um produto do mercado para uso próprio sem que o produto seja utilizado como insumo. No entanto, essa teoria aceita que tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas possam ser consideradas consumidoras, desde que ao adquirir um produto ou serviço ele seja o destinatário final, ou seja, não recolocado no mercado.
2. Definição da Teoria do Consumidor
O objeto básico da teoria do consumidor é o comportamento do consumidor individual. Sendo o consumidor visto como uma unidade de consumo ou gasto, portadora de certo orçamento.
Existe uma hipótese básica de que os indivíduos distribuem de forma racional a totalidade de suas despesas, buscando obter o máximo de satisfação dentro das limitações de orçamentos.
A Teoria do Consumidor aborda o consumidor como um indivíduo racional, ou seja, ele calcula deliberadamente, escolhe conscientemente e maximiza a sua satisfação ou utilidade do bem/serviço adquirido. Um consumidor padrão quer obter o melhor uso do seu recurso, ou seja, obter o máximo possível com a limitação de recurso. O máximo possível pode ou não ser “racional”, ou seja, o consumidor pode querer o máximo possível de exibicionismo, o que parece irracional mas tem uma lógica psicológica interna.
Pontos abordados pela teoria: comportamento do consumidor, preferência do consumidor, restrições orçamentárias, curva de indiferença e demanda de mercado.
A teoria parte de algumas premissas básicas, tais como:
Integralidade – todo consumidor tem a capacidade de ordenar suas preferências;
Transitividade – existe Consistência na capacidade de ordenar as preferências
Monotonicidade – mais de um bem é melhor que menos.
Existem duas abordagens da Teoria do Consumidor:
Abordagem Cardinal – procura analisar o comportamento do consumidor, partindo da hipótese de que os bens têm utilidade mensurável quantitativamente. Por meio da medida quantitativa da utilidade das coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo, visando a satisfação das suas necessidades. Fundamenta-se na escolha e utilização de alguns elementos ou conceitos básicos, tais como: a noção de utilidade, o problema da medida da utilidade, a noção de utilidade marginal e a lei da utilidade marginal decrescente.
Abordagem Ordinal – sua característica fundamental está no fato de rejeitar a hipótese da mensurabilidade quantitativa da utilidade, substituindo-a pela hipótese da comparabilidade. Comprando a utilidade das coisas, o consumidor escolhe as diferentes alternativas de consumo de bens ou de combinações de bens capazes de atender as suas necessidades.
A utilidade, em seu sentido mais amplo, é caracterizada como a adequação de um bem para satisfação de uma necessidade sentida por um indivíduo. Quando se consome algum produto, obtém-se certa satisfação. Significa a capacidade de satisfação das necessidades sentidas, inerentes ao bem. Esse é um conceito introspectivo do consumidor: reside na sua mente, sendo, portanto, subjetivo.
Através da curva de indiferença, que um gráfico de uma função que mostra combinações de bens, na quantidade que torna o consumidor indiferente, poderá observar melhor como o consumidor tem preferência entre uma combinação contra outra, já que cada uma provê um mesmo nível de satisfação (utilidade não muda).
Quantidade de produtos que compradores desejam e podem adquirir a diversos níveis de preço. Existe uma relação inversa/ negativa entre preço e quantidade.
A quantidade demandada depende de variáveis que influenciam a escolha do consumidor pela compra ou não de um bem ou serviço: o seu preço, o preço dos outros bens substitutos ou complementares, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar a influência dessas variáveis, considera-se separadamente a influência de cada uma nas decisões do consumidor.
Como a demanda é o desejo ou necessidade apoiados pela capacidade e intenção de compra, ela somente ocorre se um consumidor tiver um desejo ou necessidade, se possuir condições financeiras para suprir sua necessidade ou desejo e se ele tiver intenção de satisfazê-los.
Sempre que damos prioridade para o consumo de alguma coisa em detrimento de outra, estamos demonstrando um desejo. O desejo é a maneira específica na qual buscamos a satisfação de nossa necessidade.
A demanda sempre influencia a oferta, ou seja, é a demanda que determina o movimento da oferta. Por isso, para as empresas, além de identificar os desejos e as necessidades de seus consumidores, é muito importante identificar a demanda para um determinado produto ou serviço, pois é ela que vai dizer o quanto se comprará da oferta que a empresa disponibiliza no mercado. Isto é, quem e quantos são os consumidores que irão adquirir o produto ou serviço.
É a quantidade de produtos que vendedores desejam e podem produzir para vender a diversos níveis de preço.
Quando o preço de um bem aumenta ou diminui, as quantidades oferecidas desse bem tendem a aumentar ou a diminuir, respectivamente.
Assim, se ignoramos as restantes forças do mercado, quando o preço de um bem aumenta, as quantidades oferecidas também vão aumentar, pois os vendedores têm uma maior interesse em vender os bens mais caros que serão geradores de um maior lucro. Por outro lado, quando o preço de um bem diminuir, as quantidades oferecidas tendem a diminuir também, pois os vendedores não têm tanto interesse em vender os bens que lhes dão menos lucro.
Assim, se ignoramos as restantes forças do mercado, quando o preço de um bem aumenta, as quantidades oferecidas também vão aumentar, pois os vendedores têm uma maior interesse em vender os bens mais caros que serão geradores de um maior lucro. Por outro lado, quando o preço de um bem diminuir, as quantidades oferecidas tendem a diminuir também, pois os vendedores não têm tanto interesse em vender os bens que lhes dão menos lucro.
Dizemos assim que, segundo a lei da oferta, os preços de um bem e as quantidades oferecidas variam na razão direta. Porém, vale lembrar que a oferta também possui importantes fatores limitantes.
3. Teoria da Utilidade
3. Teoria da Utilidade
Em teoria econômica, denomina-se utilidade, a propriedade que os produtos tangíveis e serviços têm de satisfazer as necessidades e desejos humanos. Bens existentes em quantidades superiores às necessidades humanas, como o ar que respiramos, embora úteis, são considerados bens livres e estão fora do âmbito da Economia.
A decorrência é que para que sejam classificados como bens econômicos, existe a necessidade se sua classificação tanto como úteis, como também escassos.
Bens econômicos são assim, úteis e escassos. Adam Smith, questionava, no célebre "paradoxo do valor", como é que a água, que tem tanta utilidade tem tão pouco valor, enquanto diamantes, que não têm utilidade, têm tanto valor?
3.1. Utilidade Marginal
Todos os bens econômicos são regidos pelo princípio fundamental da utilidade marginal decrescente. Esse princípio enuncia que cada unidade sucessiva de um determinado bem adiciona menos satisfação do que aquela proporcionada pela unidade anterior.
A moderna teoria da utilidade marginal é subjetiva e declara que o valor depende da utilidade, isto é, da avaliação subjetiva que os consumidores atribuem aos diversos bens disponíveis no mercado. A satisfação proporcionada pela aquisição de cada unidade de qualquer bem é sempre inferior à propiciada pela aquisição da unidade anterior. O conceito de utilidade marginal significa também que as escolhas econômicas são tipicamente entre quantidades pequenas, ou marginais. O consumidor não escolhe entre comprar uma grande quantidade de carne ou não comprar nada. Em termos mais práticos, ele se pergunta, com base nesses preços, não seria mais negócio comprar um pouco mais de carne e um pouco menos de fígado? Sua comparação não se dá em termos de quantidades totais, mas de quantidades marginais. Ele pondera as possíveis vantagens de fazer pequenos ajustamentos nas fronteiras de seu padrão de consumo atual. Aqui temos a segunda pilastra. Desde que sua necessidade seja atendida, lhe é indiferente qualquer combinação que ele faça, isso é determinado então, pelos preços relativos entre os produtos e o grau de substituição.
A força condutora do princípio marginal é que a escolha econômica tipicamente envolve pequenos ajustes na margem de decisão.
As hipóteses que fundamentam a lei da utilidade marginal decrescente, são que:
Os desejos são saciáveis;
Diferentes bens não são substitutos perfeitos na satisfação de necessidades específicas, depende do grau de substituição.
Em escalas de comparações de utilidades, isso equivale a dizer que, quanto mais escasso um bem, tanto maior o seu valor relativo de substituição; a utilidade marginal de um bem que se tornou escasso aumenta em relação à utilidade marginal do bem que se tornou abundante.
Em sua forma convencional, a curva de oferta é ascendente da esquerda para a direita, enquanto que a curva de procura descendente. Os pressupostos dos custos crescentes (rendimentos decrescentes) e da maximização dos lucros, explicam o comportamento da curva da oferta, enquanto que o pressuposto da utilidade marginal decrescente e da maximização da satisfação do consumidor, explicam o comportamento da curva da demanda.
3.2. Utilidade econômica
Essa habilidade de um bem ou serviço para satisfazer as necessidades ou desejos do cliente, se manifesta de várias formas distintas, citadas abaixo:
Utilidade de forma: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que os materiais e componentes que nele se incluem, foram combinados de tal forma a se ter aquele produto final específico.
Utilidade de tempo: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que está disponível no momento em que é requerido.
Utilidade de localização: é o valor conferido a um produto em virtude do fato que ele está no lugar onde é demandado. Também denominado de Valor de Transecção.
Utilidade de informação: consiste no valor que é conferido a um produto em virtude do fato que ele pode prover o usuário com informações úteis.
Utilidade de posse: é o valor conferido a um produto em virtude do fato de que o comprador tem o direito legal de possuí-lo e usá-lo livremente.
Utilidade de imagem: é o valor atribuído a um produto em virtude do fato de que traz satisfação para o usuário na criação de prestígio e estima.
4. Curva de Indiferença
5. Restrição orçamentária
6. Premissas básicas
7. Teoria da Escolha Pública
4. Curva de Indiferença
A curva de indiferença é uma representação gráfica em plano cartesiano, que representa a satisfação do consumidor ao adquirir um produto ou outro, que lhe garantiram a mesma utilidade.
No gráfico abaixo a quantidade de produtos A comprados é representado pelo eixo X e a quantidade de produtos comprados B é representado pelo eixo Y. A linha 1 é a curva de indiferença, ou seja, qualquer quantidade de produtos A e B comprados que estejam sobre essa linha, vai ser indiferente ao consumidor. Já que lhe proporcionará o mesmo grau de satisfação. O Ponto A(3,2) indica que o consumidor comprou 3 produtos A e 2 produtos B, e o Ponto B(1,4) indica que o Consumidor comprou 1 produto A e 4 produtos B. E em ambos os casos o consumidor obteve o mesmo nível de satisfação.
O grau de satisfação do consumidor também aumenta de acordo com o que a linha se afasta do Ponto (0,0). Ou seja, A linha 2 representa um grau de satisfação maior que a linha 1. E a linha 3 representa um grau maior de satisfação do que a linha 3.
Abaixo, alguma caracteristicas da curva de indiferença:
· Inclinação negativa. A curva de indiferença sempre possui inclinação negativa, pois sempre que o consumidor compra mais de um dos produtos, indica que ele compra menos de outros produto, sempre tendo o mesmo nivel de satisfação.
· As Curvas não podem se cruzar. As curvas de Indiferença não podem se cruzar, pois isso também violaria a premissa de que, quanto mais produtos comprados, maior satisfação.
5. Restrição orçamentária
A restrição orçamentaria trabalha em uma área onde são comparados dois bens, ou seja, a partir do custo de um produto A e um produto B, será analisado quanto de cada produto poderá ser comprado para não ultrapassar a renda.
Para isso, contamos com uma fórmula matemática:
R = Qa.x +Qb.y
Onde:
R: Renda.
R: Renda.
Qa: Quantidade do produto A.
Qb: Quantidade do produto B.
x: Valor de cada produto A.
y: Valor de cada produto B.
Suponhamos que um produto A custe R$5,00 e um produto B custe R$10,00 e que a renda seja igual a R$1000,00. Aplicando a fórmula temos:
Se isolarmos A temos:
Nesse caso o -2 será o coeficiente angular da equação, ou seja, para cada unidade de B que for comprada, será necessário deixar de comprar duas unidades de A.
Nos casos apresentados, ainda não se considera a preferencia do consumidor, pois o consumidor pode ter sua preferencia. A preferencia será o próximo tópico a ser tratado.
6. Premissas básicas
O estudo das preferências do consumidor, conciliado com a restrição orçamentária do mesmo, nos serve de subsídio para entender as escolhas do consumidor. Uma vez que levamos em conta que os consumidores são racionais, e por isso escolhem as melhores coisas pelas quais podem pagar.
A partir da análise desses recursos chegamos a conclusões importantes que nos ajudam a entender o comportamento dos consumidores, conclusões essas que são também chamadas de axiomas.
Antes de comentar sobre as premissas, faz-se necessidade entender algumas ideias como as cestas de mercado.
Uma cesta de mercado consiste em um conjunto de uma ou mais mercadorias sendo que, uma cesta de mercado pode ser preferida a outra cesta que contenha uma combinação distinta de mercadorias.
A partir dessa breve introdução referente a cestas de mercado, podemos definir os axiomas de preferência do consumidor como:
Completa: Pressuposto que afirma que todas as cestas de bens podem ser comparadas, de forma que os consumidores possam escolher entre elas.
Reflexiva: Pressuposto que afirma que todas as cestas de bens são tão boas quanto elas mesmas. Em outras palavras, pode-se dizer que nenhum consumidor estaria disposto a pagar mais por uma cesta de bens A, igual a cesta de bens B, de menor preço.
Transitividade: Pressuposto que afirma que se uma combinação de cestas de bens A é preferível a outra combinação B, B por sua vez é preferível a C, logo, por transitividade, A é preferível a C.
7. Teoria da Escolha Pública
Em termos de senso comum, o papel do Estado na economia, a forma como utiliza os meios que lhe são colocados à disposição e as motivações que estão na base das ações e atitudes dos políticos são aspetos muitas vezes postos em causa pelas mais diversas razões e nas mais diversas circunstâncias. Até meados do século XX não existia, pelo menos de forma sistemática e organizada, um estudo integrado sobre esse tipo de aspetos associados à atuação dos governos e dos políticos na economia. Essa lacuna foi preenchida pela denominada teoria da escolha pública, surgida por intermédio fundamentalmente dos esforços de dois economistas norte-americanos, James Buchanan e Gordon Tullock.
O principal sustentáculo da teoria da escolha pública é o de que o funcionamento de todo o processo político (eleições, tomadas de decisão, legislação, etc.) assenta na busca por parte dos indivíduos envolvidos principalmente do seu interesse próprio, podendo falar-se no chamado mercado político.
Segundo esta teoria, aplicada fundamentalmente no contexto político e económico norte-americanos, o referido mercado político é constituído por vários tipos de elementos: eleitores, políticos (legisladores), elementos de lobbies e burocratas do governo.
Relativamente ao papel dos eleitores, esta teoria salienta o facto de, dada a incapacidade individual de afetar uma eleição, se verificar um elevado desinteresse destas entidades sobre os assuntos políticos. Este desinteresse é contrário ao interesse que os mesmos eleitores demonstram na tomada de decisões de consumo individual.
Quanto aos políticos e legisladores, esta teoria preconiza que, pelo fato de no exercício das suas funções estarem lidando com os recursos de outras pessoas e não dos seus próprios diretamente, o incentivo para que tomem decisões eficientes e de acordo com o interesse público é reduzido.
Tendo em conta o enquadramento apresentado, há um espaço criado para a criação e influência de lobbies no processo político, que acabam por ser capazes de influenciar os legisladores e os próprios burocratas do governo nas suas decisões, fazendo-as naturalmente pender para o lado dos seus interesses. Os lobbies são assim grupos de interesses de vária ordem (industriais, comerciais, religiosos, etc.) que acabam por desempenhar um papel fundamental na ordem económica de acordo com a teoria da escolha pública.
8. Teoria da Escolha Social
8. Teoria da Escolha Social
O modelo matemático que descreve esta teoria e expresso da seguinte maneira:
Suas variáveis são, sociedade, conjunto de alternativas X;
Um conjunto de relações de preferências de X, para cada indivíduo da sociedade há um conjunto de preferências da sociedade sobre X.
Dentro desta função existe a regra chamada de Função do bem estar social, onde escolhas sociais exercem função sobre as escolhas de cada individuo, onde as preferências racionais individuais são agregadas à preferência da comunidade.
Apenas as escolhas individuais não são suficiente para se definir a racionalidade social, por isso é necessário seguir as seguintes regras de escolhas:
· Independência das alternativas irrelevantes;
· Unanimidade
· Domínio restrito (Estar definida para todo perfil de preferência racional).
· Não ditatorial
Escolhas racionais são aquelas em uma relação de preferência.
Se o resultado, numero de alternativas, for superior a 2, significa que não há função do bem estar social que represente de forma racional as escolhas da sociedade.
A seguir um exercício resolvido usando a teoria da escolha, retirado do livro de Castro, Luciano I. de e Faro, José Heleno.
Vamos agora estudar as escolhas sociais. E evidente que há situações em que decisões que precisam ser tomadas em grupo afetam o bem-estar de cada indivíduo. Em primeiro lugar, devemos observar que dependendo da forma de escolha que se adote, um indivíduo pode ser beneficiado. Para ilustrar isso.
Suponha que a Câmara de Deputados é formada por três partidos, 1, 2, 3, de mesmo peso político (mesmo número de votos) e há três projetos (A, B, C) em consideração sendo que apenas um deles deve ser escolhido. A preferência dos partidos é a seguinte:
Digamos que o presidente da Câmara estabeleça o seguinte sistema de escolha dos projetos: dois projetos são votados. O que obtiver maior número de votos disputará com o terceiro. O vencedor da segunda votação será o projeto escolhido. A ordem com que os projetos serão votados será determinada “aleatoriamente” pelo presidente da Câmara. Essa regra parece bastante razoável, pelo menos à primeira vista. No entanto, ela simplesmente determina que o presidente escolherá, sozinho, o projeto. De fato, é possível ver que, qualquer que seja o projeto deixado para o segundo round, este será o projeto vencedor. De fato:
• Segundo round com A - Neste caso o projeto B recebe os votos dos partidos 1 e 2 e vence a primeira rodada. Depois, o projeto A recebe os votos dos partidos 1 e 3.
• Segundo round com B - O projeto C recebe os votos dos partidos 2 e 3. Depois é derrotado para o projeto B, que recebe os votos de 2 e 1.
• Segundo round com C - O projeto A ganha a primeira rodada com os votos de 1 e 3 e depois perde para C pelos votos de 2 e 3.
O exemplo acima mostra, então, que escolhas sociais podem ser manipuladas. Na verdade, não existiria nenhuma maneira de estabelecer regras de escolha social totalmente satisfatórias no caso geral. Isso nos obriga, então, a estudar cada uma delas e o que apresentam de bom e ruim.
9. Teoria da Escolha Racional
10. Teoria da Escolha Individual
11. Elasticidade
11.1. Elasticidade preço-demanda
9. Teoria da Escolha Racional
A teoria da escolha racional é voltada para o individualismo onde os indivíduos são racionais e assim, visam a maximizar o prazer e o bem estar. Podemos destacar três pontos dessa teoria:
· Procurar a melhor solução possível a qualquer custo não é em si uma decisão racional, ou seja, em um determinado processo de decisão, não é necessário identificar a melhor solução possível, pois o tempo que poderá ser gasto nas tentativas de identifica-lo, não os torna viável.
Sendo assim, é preciso que haja a compreensão de quando pensar e como pensar na hora de tomar uma decisão;
· As emoções devem ser separadas da razão, porém, em quase todas as tomadas de decisões as emoções são fatores que influenciam, como por exemplo, o ser frio de uma pessoa ao tomar uma decisão não deixa de ser uma emoção, no entanto uma emoção que leva a uma escolha racional.
Porém, também há escolha em que a Escolha racional é deixada de lado. Podemos citar como exemplo, o jogo do ultimato, proposto por Romer(2000), que a princípio seria oferecido para uma pessoa 7 reais, sendo que ele só ganharia esse premio, se um segundo participante aceitasse 3 reais que seria oferecido a ele. No caso há duas possibilidades de decisões: uma em que o segundo participante teria uma falha de cognição, ou seja, não entendo que aquele jogo não ocorrerá novamente, rejeitando os 3 reais pois imagina que o participante 1 faria a mesma coisa; ou então o participante 2 percebe que de fato é um ultimato porém, recusa a oferta partindo de um sentimento de inveja, pois o participante 1 ficaria com a maior quantidade dos 10 reais.
Porém, também há escolha em que a Escolha racional é deixada de lado. Podemos citar como exemplo, o jogo do ultimato, proposto por Romer(2000), que a princípio seria oferecido para uma pessoa 7 reais, sendo que ele só ganharia esse premio, se um segundo participante aceitasse 3 reais que seria oferecido a ele. No caso há duas possibilidades de decisões: uma em que o segundo participante teria uma falha de cognição, ou seja, não entendo que aquele jogo não ocorrerá novamente, rejeitando os 3 reais pois imagina que o participante 1 faria a mesma coisa; ou então o participante 2 percebe que de fato é um ultimato porém, recusa a oferta partindo de um sentimento de inveja, pois o participante 1 ficaria com a maior quantidade dos 10 reais.
Nesses dois casos, o comportamento racional é deixado de lado. No caso ambos não tinham nenhum recurso, ou seja, qualquer quantia seria lucro para ambos, como nos dois casos houve a rejeição, a teoria da utilidade (mais é sempre preferível que menos) não esta sendo posta em prática;
· Aparecem também falhas cognitivas, ou seja, decisões que não foram tomadas imparcialmente, levando em consideração emoções e até mesmo decisões por impulso. As decisões acabam sendo tomadas por intuição por parecerem resultados conhecido, mas muitas vezes não são.
10. Teoria da Escolha Individual
A teoria da escolha individual foi descrita pelo economista Adam Smith em 1776, que defende que o bem-estar da sociedade é o resultado da soma dos interesses individuais de cada consumidor e de cada vendedor. Essa teoria engloba quatro princípios
· 1. As pessoas buscam comprar aquilo que valha a pena;
· 2. A escolha individual determina o que vale a pena;
· 3. Por meio da compras, os objetivos individuais serão realizados;
· 4. As pessoas são responsáveis pelas suas ações e escolhem o que é melhor para elas (princípio da soberania do consumidor).
A soberania do consumidor baseia-se, no principio de total liberdade do consumidor, para tomar as próprias decisões do que fazer, falar e comprar, sem haver interferências externas, chegando ao ponto de ser comparado ao egoísmo. Decisões tomadas para satisfazer suas vontades. Esse pensamento adota um principio de que a economia, não deve ser gerenciada por nenhum tipo de órgão, e o governo existe apenas para coordenar o sistema político e social, sem uma participação ativa no desenrolar da atividade econômica. Tornando a economia uma coisa viva e que toma os próprios rumos, de acordo com as vontades dos consumidores num geral. Tal tipo de economia seria capaz de mostrar exatamente aquilo que o consumidor deseja para lhe satisfazer.
Esse sistema defende a qualidade da escolha do consumidor. Para tal elaboram-se as medidas anticartéis, para que não se formem monopólios, estes impedem o consumidor de exercer o seu poder de escolha, sua alternativa de consumo. O eixo das relações tem de estar nas mãos do povo que o exerce de forma direta por meio de suas leis instituídas.
É muito comum a propaganda influenciar o consumidor, colocando em sua cabeça uma falsa necessidade de obter tal produto, esse tipo de propaganda gera um consumismo desenfreado e que gera danos a economia de forma geral, Tal sistema também necessita que o consumidor faça compras inteligentes, que realmente gerem algum beneficio, podendo ser de curto, médio ou longo prazo, e que conheça muito bem seus diretos, para que não sofra nenhum tipo de lesão.
11. Elasticidade
A ideia de elasticidade está vinculada diretamente ao contexto de demanda, ou seja, uma breve introdução sobre o significado de oferta e procura é necessária para introduzir o conceito de elasticidade.
· Demanda: Nome dado às necessidades ou desejo de consumo, individual ou coletivo, de bens e serviços. A relação entre oferta e demanda é um dos fatores determinantes de preços no mercado. Se a oferta for maior que a demanda, por exemplo, o preço tende a cair. Já, se a oferta não der conta da demanda, o preço tende a aumentar.
· Oferta e Procura: A Lei da Oferta e da Procura (Demanda) busca estabilizar a procura e a oferta de um determinado bem ou serviço. Oferta é a quantidade do produto disponível em mercado, enquanto procura é o interesse existente em relação ao mesmo. A oferta depende do preço, da quantidade, da tecnologia utilizada na fabricação dos custos de produção, entre outras coisas relacionadas aos produtos e serviços. A procura é influenciada pela preferência do consumidor final, a compatibilidade entre preço e qualidade e a facilidade de compra do produto.
Através das leis da oferta e da procura é possível apontar a direção de uma resposta em relação à mudança de preços. Quando a demanda cai, o fator determinista é o aumento do preço do produto em questão, assim como a oferta, que aumenta na medida da elevação do preço, porém não informa quanto mais os consumidores demandarão ou os produtores oferecerão.
11.1. Elasticidade preço-demanda
Através da elasticidade de um produto, é possível saber se a receita final será maior ou menor se o valor do produto sofrer quedas ou aumentos, dependendo da reação do consumidor com a variação do preço do produto. Em outras palavras, o conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas. Por exemplo, para alguns bens os consumidores reagem bastante quando o preço sobe ou desce e para outros a demanda fica quase inalterada quando o preço sobe ou desce. No primeiro caso se diz que a demanda é elástica e no segundo que ela é inelástica. Do mesmo modo os produtores também têm suas reações e a oferta pode ser elástica ou inelástica. Através da elasticidade de um produto, é possível saber se a receita final será maior ou menor se o valor do produto sofrer quedas ou aumentos, dependendo da reação do consumidor com a variação do preço do produto.
12. Curva da demanda
· Demanda Elástica: A quantidade de demanda responde de forma sensível a mudança dos preços do produto. Nessa situação, a variação percentual da quantidade acaba sendo maior que a variação percentual no preço, sendo assim, a divisão da variação da quantidade pela variação do preço terá como resultado um valor maior que um.
Exemplo: se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em mais de 1%.
Representação algébrica:
Onde:
Epd = Elasticidade-preço da demanda
q0 = Quantidade no período inicial
q1 = Quantidade no período final
p0 = Preço inicial
p1 = Preço final
· Demanda Inelástica: Contrário a demanda elástica, ou seja, não responde de maneira sensível a mudança de preço dos produtos. Nessa situação, a variação percentual da quantidade será menor que a variação percentual do preço, sendo assim, a divisão da variação da quantidade pela variação do preço resultará em um valor menor que um.
Exemplo: se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em menos de 1%.
Representação algébrica:
· Demanda de elasticidade unitária: Como última situação, a variação percentual da quantidade acaba sendo idêntica a variação percentual do preço, sendo assim, a divisão da variação da quantidade pela variação do preço terá como resultado sempre um.
Exemplo: se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em menos de 1%.
Representação algébrica:
O cálculo referente a esses tipos de demanda dá-se por:
Avaliando essas situações, é possível notar que se um produto com demanda elástica sofrer aumento no preço terá redução na receita final, pois a quantidade de demanda desse produto cairá muito devido a reação dos consumidores que é alta. Se for uma demanda unitária a receita não será alterada independente se o preço aumentar ou diminuir. E se for uma demanda inelástica, se o preço diminuir a receita também diminuirá pois a quantidade demandada não será suficiente para compensar, tendo que aumentar o preço para aumentar a receita, aproveitando que o percentual da quantidade demandada cairá menos que o aumento do preço.
12. Curva da demanda
Para explicar melhor os efeitos da demanda, estudemos brevemente a curva da demanda, a qual, numa determinada posição no gráfico, mostra uma relação direta entre os preços e a quantidade demandada do produto por unidade de tempo. Quanto maior o preço, menor a quantidade demandada, e vice versa, como mostrado a seguir:
Gráfico 1. Curva da demanda. Fonte: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/14632.pdf.
Esse gráfico não conta com as diversas variáveis que possa afetar a demanda, como renda populacional, gostos e preferencias, impostos, etc., apenas demonstra a lei da demanda. Portanto, a curva da demanda tende a se deslocar para a esquerda ou direita conforme a variação de alguns aspectos, como: renda, preço de substitutos, preço de bem complementar e gostos, como exemplificados no exemplo a seguir:
Gráfico 2. Curva da demanda. Fonte: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/14632.pdf>. Acesso em 16 de março de 2013.
Através da curva da demanda, podemos perceber se um a demanda por certo produto é sensível ou não a sua variação de preço, ou seja, sua elasticidade-preço da demanda. Assim como existem a demanda pode ser elástica ou inelástica, também temos curvas de demanda para representar essas elasticidades:
Gráfico 3. Tipos de demanda elasticidade-preço, onde P é Preço e Q é Quantidade.
Fonte: http://www.monografias.com/trabajos45/mercado-leche-peru/mercado-leche-peru2.shtml.
Demanda elástica: curva deitada, onde o valor absoluto da elasticidade-preço é maior que 1 (ou 1%). A demanda é sensível a mudanças do produto.
Demanda perfeitamente elástica: curva de demanda completamente horizontal. De acordo com da Silva (2000, apud Mankiw), uma alteração infinitesimal do preço provoca uma gigantesca redução da quantidade demandada.
Demanda perfeitamente inelástica: é quando a demanda permanece fixa mesmo com uma mudança no preço, ou seja, não há reação nenhuma a mudanças.
Demanda inelástica: há uma ligeira alteração na demanda caso haja alteração no preço ou na quantidade demandada. O valor da elasticidade-produto é menor do que 1%, ou menor que o 1 caso seja o valor absoluto. Essa curva é mais comum para bens essenciais para a população, como alimentos, onde a demanda permanece a mesma.
Demanda com elasticidade unitária: nessa curva, o valor absoluto da elasticidade é 1, ou seja, o valor do preço aumenta e a demanda aumenta proporcionalmente na mesma quantidade.
Autores: Carlos Vinícius Pancioni AD121164
Larissa Oliveira Simões AD121176
Matheus Henrique Leite AD121188
Rafael Henrique Camargo AD121196
Nicolas de Castro Silva AD121191