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Grupo 4 - Avaliação de Risco / Economia Comportamental
Avaliação de Riscos
Tratando-se de empreendedorismo, avaliações de riscos são de vital importância. Elas aumentam consideravelmente suas possibilidades de fazer com que determinada empresa se desenvolva e obtenha bons lucros, o que afinal é objetivo de toda empresa com fins lucrativos.
Dentre o período entre ter ama ideia ou uma iniciativa de se abrir uma empresa, e abri-la de fato leva-se um tempo muitas vezes longo, pois diversos fatores devem ser levantados: como a concorrência, se há outras empresas que exploram este mesmo nicho de mercado, a qualidade de seus serviços e custos, suas localizações; a questão de como esta o mercado consumidor, se há para quem vender ou oferecer tal serviço realizado por sua empresa; e assim por diante. Dentre estes fatores também esta a avaliação de riscos (que abrange a concorrência citada anteriormente por exemplo), que se feita de maneira correta, minimizará os riscos de que tal organização não se cresça ou atinja os objetivos desejados, além de evitar gastos de tempo e dinheiro que não resultaram em nada.
Uma boa avaliação abordara pontos importantes como: gestão de riscos, que resume-se em como lidar com perigos que podem ameaçar uma organização, e em como avaliá-los e medir sua aceitabilidade(aceitável, tolerável e intolerável); mitigação de riscos, que tem por finalidade reduzir ou adequar os riscos a níveis mais aceitáveis; dentre outros.
Tais tópicos e outros mais serão abordados de maneira mais profunda e completa no decorrer deste texto, com o intuito de fazer uma analise e estudo com base neste assunto, que como visto é de grande importância no ramo organizacional (para empresas com fins lucrativos) em países com sistema econômico capitalista como o Brasil.
Os riscos e os custos inerentes a eles requerem um processo racional de decisões. Este processo se conhece como gestão de riscos, que pode ser definido como:
O risco é o potencial avaliado das
consequências prejudiciais que podem resultar de um perigo expressado em termos
de probabilidade e impacto, tomando como referência a pior condição possível.
Em realidade, o risco é um subproduto do desenvolvimento das atividades. Nem
todos os riscos podem ser eliminados, nem todas as medidas imagináveis de
controle de riscos são economicamente fatíveis.
Os riscos e os custos inerentes a eles requerem um processo racional de decisões. Este processo se conhece como gestão de riscos, que pode ser definido como:
- Identificação
- Análise e
- Eliminação ou controle a um nível aceitável.
Dos riscos que ameaçam a viabilidade
de uma organização. Em outras palavras, a gestão de riscos facilita o
equilíbrio entre os riscos avaliados e um controle viável dos mesmos. É preciso
identificar os perigos internos e externos a organização avaliando quais são as
possibilidades, a seriedade e se ele é aceitável dentro do critério de
segurança da organização.
Uma
vez confirmada à presença de perigos para a segurança operacional, é necessário
algum tipo de análise para avaliar o potencial de prejuízos ou danos.
Tipicamente, esta avaliação do perigo supõe três considerações:
a)
A probabilidade de que o perigo produza um evento perigoso (quer dizer, a
probabilidade de consequências prejudiciais em caso de que se permita que as condições
inseguras subjacentes persistam);
b)
A gravidade das possíveis consequências prejudiciais ou o resultado de um
evento perigoso;
c)
O índice de exposição aos perigos.
As probabilidades das consequências
prejudiciais aumentam com uma maior exposição a condições inseguras, por isso
tal exposição deve considerar-se como outra dimensão de probabilidade e para
isso é necessário avaliar as possíveis ameaças.
Uma avaliação de riscos supõe
considerar tanto a probabilidade como a gravidade de toda consequência
prejudicial; em outras palavras, determina-se o potencial de perdas mediante ao
risco exposto.
Para avaliar a natureza das
consequências prejudiciais do risco em caso de que ele ocorra realmente. As
consequências possíveis regem o grau de urgência da medida de segurança
operacional requerida, podendo elas ser avaliadas mediante essas informações é
possível criar uma matriz de impacto do risco sobre a organização, cujo qual
ela envolve um conjunto de itens que influenciam no dimensionamento do impacto
no caso de ocorrência de uma determinada ameaça. Para criar-se tal matriz é
preciso determinar os elementos críticos do negócio que poderão ser afetados
por falhas e erros no processo; Levantar as ameaças / eventos decorrentes da
execução dos passos do processo de negócio, que podem afetar ou causar um
determinado impacto sobre algum elemento crítico do negócio relacionado;
Definir o impacto para o negócio no caso de ocorrência das ameaças / eventos
relacionadas.
E assim podendo visualizar melhor o
risco em uma ordem de prioridade. O risco é mensurado então em uma categoria,
isto é um ponto crítico quando se devem adotar decisões racionais para atribuir
recursos limitados levando em consideração os perigos que apresentam os maiores
riscos para a organização.
Tais maiores riscos precisam ser
adequados a valores aceitáveis, pois o que se deseja evitar não é a ocorrência
do fator gerador de risco, mas sua consequência. Pois não existe uma segurança
operacional absoluta que mantenha o nível do risco mais baixo possível.
Considerando-se que ele seja tolerável ou não, então é necessário introduzir
ações controladoras que diminuam tais possíveis ameaças, pois quanto mais
elevado o risco maior será a urgência se este ocorrer, por isso que tal nível
de risco deve ser reduzido há um nível de ameaça que não prejudique tanto a
organização quanto prejudicaria senão houvesse realizado tal avaliação.
Em suma a avaliação de riscos é um
fator determinante para o sucesso ou fracasso de uma empresa. Desta forma caso
esta avaliação seja feita de maneira inadequada, sem que sejam levadas em
considerações todas as possíveis ameaças, poderá resultar futuramente em
consequências que inicialmente poderiam ser evitadas e também na falta de um
planejamento adequado para minimizar o consequente impacto das ameaças
inevitáveis. O reflexo disso é o aumento drástico da probabilidade de que esta
empresa sofra com problemas das mais diversas origens.
Sendo assim torna-se claro quão
importante é a avaliação de riscos não só para a fase inicial das organizações,
mas também para a manutenção e planejamento de desenvolvimento destas, pois
torna mais claras as ameaças e as ações a serem tomadas contra elas facilitando
assim a determinação de metas alcançáveis.
Economia
Comportamental
A economia comportamental estuda as
decisões econômicas dos consumidores através de fatores sociais, cognitivos e
emocionais e seus efeitos no mercado, como preço, lucro e alocação de recursos.
Esta é uma área de estudo
relativamente recente que incorpora aspectos sociais, cognitivos e emocionais
para entender as decisões econômicas de consumidores e agentes financeiros,
integrando as áreas de psicologia e economia.
Com a economia comportamental, os
economistas empenham-se em conhecer o comportamento humano na tomada de
decisões de comprar, vender ou investir, utilizando áreas distintas da ciência,
tais como psicologia, filosofia e, principalmente, economia.
É incorporada no estudo das
finanças, possuindo evidencias sobre a irracionalidade do investidor e
consumidor. Contraria as ideias mais antigas, em que o homem era tratado como
um “homo economicus”, ou seja, um ser perfeitamente racional que, no
processo de tomada de decisão, é capaz de analisar todas as informações
disponíveis e considerar todas as hipóteses para a solução do problema.
Na visão Econômica Comportamental a
sociedade é uma complexa rede de incentivos onde os participantes compartilham
da mesma busca por valor, ou seja, maximizar ganhos e minimizar perdas.
O economista comportamental é,
portanto, alguém que leva em conta os vieses psicológicos das pessoas e analisa
a contingências envolvidas nas situações como redes de incentivos que
interferem nas decisões. Ele deve estar atento para o que pode observar em
termos de ações como poupar, investir, gastar, etc.
Lintner [LINTNER1998] define
economia comportamental como sendo o estudo de como os investidores interpretam
e agem de acordo com a informação para fazer decisões de investimento.
O excesso de confiança e o otimismo
fazem dos vieses um objeto da heurística econômica comportamental. Sendo assim,
um consumidor que acredita em suas estimativas em situações de incerteza e ao
mesmo tempo é otimista a ponto de sempre afirmar que pode fazer melhor do que
sempre faz, acaba sendo um alvo fácil do erro em algum investimento, por
exemplo. Com isso, é possível visualizar uma relação entre unidades de valor
com ganhos ou perdas.
A partir daí, entramos na Teoria da
Perspectiva de Tversky e Kahneman (1974). É importante citar essa teoria aqui,
pois deixa muito claro a construção de preços com base no comportamento humano.
Através dos estudos dos autores dessa teoria, foi possível avaliar que a dor
associada à perda de $X é maior que o prazer associado ao ganho dos mesmos $X.
Dessa forma, através da perda é possível definir uma unidade de valor que venha
a trazer mais ganho. É claro que um economista, consumidor, ou qualquer agente
envolvido com a economia, não vai montar uma estratégia aonde a perda vem antes
do ganho. A importância dessa teoria está no fato de saber analisar o
comportamento diante de uma perda a fim de ganhar mais.
Com isso, levantamos duas aplicações
da Economia Comportamental no cotidiano, na maioria das vezes, empresarial. A
primeira aplicação é a chamada “Confiança Excessiva e Bolhas Especulativas” de
Scheinkman e Xiong (2003). A ideia básica é tentar explicar o comportamento
irracional que leva à formação das bolhas especulativas assumindo que os
investidores podem ser excessivamente confiantes. Estas bolhas são
caracterizadas pelo grande volume de transações de ativos por valores acima do
considerado justo, exibindo também muita volatilidade de preços. A confiança,
ou expectativa entre grupos de investidores, por exemplo, tende a ser
heterogenia, tornando o comportamento humano um agravante na desestabilidade de
preços no mercado.
Em contra partida, temos uma segundo
aplicação que diz respeito ao “Otimismo Gerencial e Finanças Corporativas”
onde: (i) as pessoas são mais otimistas em relação a resultados que elas
acreditam que podem controlar (March e Shapira, 1987); e, (ii) as pessoas são
mais otimistas sobre resultados com os quais estão grandemente comprometidas
(Gilson, 1989). Para melhor entendimento dessa segunda aplicação, relacionamos
a mesma a gestores. Podem existir casos onde os gestores irão recusar boas
oportunidades quando o empreendimento do projeto depender da captação de
recursos via emissão de títulos subavaliados para mercados de capitais
subinformados (que atribuiriam um valor menor do que o preço justo aos papéis
da empresa). Dessa forma, o otimismo dentro do cotidiano corporativo precisa
ser gerenciado de modo, a saber, qual oportunidade agarrar e qual deixar passar
para um bem estar financeiro melhor estruturado.
Através de aspectos cognitivos, a
Economia Comportamental estuda maneiras eficientes de influenciar um consumidor
à aquisição de um produto. Entre outras técnicas, utiliza a previsibilidade das
escolhas, visto que, por exemplo, a exibição de descontos de um produto que
está acima do preço acaba sendo mais atrativo que somente a exibição do preço
correto, assim, se temos um produto que custa 100 reais, exibi-lo a 120 reais e
indicar 20 reais de desconto tende a ser mais atraente que simplesmente dizer
que ele custa 100 reais.
Estas e outras estratégias são
utilizadas por economistas que estudam o comportamento humano mediante as
escolhas na área de Economia e Finanças, o que inclui também a compra de
produtos e investimentos empresariais.
Sendo assim, estes estudos e
conjuntos de técnicas disponíveis tendem a deixar o mercado capitalista mais
competitivo, onde não somente o produto, a qualidade e o preço são levados em
contas, mas sim também a maneira como estes itens são oferecidos ao consumidor,
a fim de levá-lo a pensar que a aquisição do produto em questão é um bom
negócio não somente por sua necessidade, mas influenciado também pela
habilidade do economista ao utilizar a Economia Comportamental ao seu
favor.
Autores:
Leonardo Lucas Lana
Mariana Cristina da Silva
Matheus Domingos de Oliveira
Natanael Tavares Lemos
Rodrigo de Oliveira Popest Monteiro
Orlando Wilson Rocha
Autores:
Leonardo Lucas Lana
Mariana Cristina da Silva
Matheus Domingos de Oliveira
Natanael Tavares Lemos
Rodrigo de Oliveira Popest Monteiro
Orlando Wilson Rocha
Referências
Bibliográficas
CENIPA: Centro de investigação e
prevenção de riscos. Brasília. Disponível em: <http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/paginas/dpc/avaliacao_risco.pdf>. Acesso em 22 Mar. 2013.
COSTA, F. N. Economia
Comportamental: de volta à filosofia, sociologia e psicologia, Unicamp,
Campinas, 2009.
GILSON, S.
Management Turnover and Financial Distress. Journal of Financial Economics,
v. 25, p. 241-262, 1989.
HALFELD, M. e TORRES, F. F. L.
Finanças Comportamentais: aplicações no contexto brasileiro, Revista de
Administração de Empresas, São Paulo, 2001.
KAHNEMAN,
D., TVERSKY, A. Prospect Theory: an Analysis of Decision under Risk. Econometrica,
v. 47, p. 263-291, 1979.
LINTNER, G.
Behavioral Finance: Why investors make bad decisions, The Planner, 1998.
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