1. Introdução
- Aumentar os preços dos bens ou serviço;
- Diminuir os preços dos bens ou serviços;
- Manter os preços dos bens ou serviços;
- Intensidade do aumento ou da diminuição dos preços dos bens ou serviços.
Nesta ótica, os administradores dispostos a alcançar alguns objetivos verificam que os mesmos precisam muito mais do que um bom produto, faz-se necessário que se esteja atento para o canal de distribuição, percebendo se sua comunicação encontra-se voltada para o preço e se este reflete o valor que o mercado dispõe e se está dando lucro.
Esse artigo faz referência ao conceito teórico de elasticidade com o objetivo de demonstrar aspectos relevantes na gestão de vendas, dando uma atenção especial ao produto e não apenas ao cliente, ou seja, visando a melhoria da qualidade do produto e sua logística distributiva. Também ressaltará pontos-chaves no estudo da elasticidade-preço da demanda de produtos, como os fatores que podem afetá-lo e seus tipos de bens.
2. Elasticidade
A
ideia de elasticidade está vinculada diretamente ao contexto de
demanda, ou seja, uma breve introdução sobre o significado de oferta e
procura é necessária para introduzir o conceito de elasticidade.
- Demanda: Nome dado às necessidades ou desejo de consumo, individual ou coletivo, de bens e serviços. A relação entre oferta e demanda é um dos fatores determinantes de preços no mercado. Se a oferta for maior que a demanda, por exemplo, o preço tende a cair. Já, se a oferta não der conta da demanda, o preço tende a aumentar.
- Oferta e Procura: A Lei da Oferta e da Procura (Demanda) busca estabilizar a procura e a oferta de um determinado bem ou serviço. Oferta é a quantidade do produto disponível em mercado, enquanto procura é o interesse existente em relação ao mesmo. A oferta depende do preço, da quantidade, da tecnologia utilizada na fabricação dos custos de produção, entre outras coisas relacionadas aos produtos e serviços. A procura é influenciada pela preferência do consumidor final, a compatibilidade entre preço e qualidade e a facilidade de compra do produto.
Através das leis da oferta e da procura é possível apontar a direção de uma resposta em relação à mudança de preços. Quando a demanda cai, o fator determinista é o aumento do preço do produto em questão, assim como a oferta, que aumenta na medida da elevação do preço, porém não informa quanto mais os consumidores demandarão ou os produtores oferecerão.
3. Tipos de Bem
Em
economia bem engloba tudo que tem utilidade, direta ou indireta, para produção
de lucro, e são divididos nas seguintes categorias:
- Bem de capital: Onde o bem é utilizado na produção de outro.
- Bem de consumo: Onde o bem é destinado diretamente ao consumo final, atendendo diretamente sua demanda, estes ainda são divididos em duas categorias:
Não duráveis: Compostos por bens de consumo imediato como alimentos por exemplo.
- Bem imediato: Onde, como nos bens de capital, o bem é utilizado na produção de outro, porem este é consumido durante o processo de produção.
- Bem substituto: Onde há um bem que substitua o outro em seu consumo, dando ao consumidor a opção de qual adquira, sendo assim, um bem tendo seu valor maior que o seu substituto levará o consumidor a adquirir o seu substituto.
- Bem complementar: Onde um bem por ter reação direta com outro tem seu consumo agregado ao consumo do bem a qual este tem a ligação.
- Bem inferior: Onde a demanda do bem diminui se houver aumento na renda do consumidor. O resultado do calculo de elasticidade neste caso tem valor menor que zero.
- Bem normal: Onde a demando aumenta junto do aumento da renda do consumidor, e vice-versa. O resultado do calculo de elasticidade neste caso tem o valor entre zero e um.
- Bem superior: Onde a demando aumenta desproporcionalmente ao aumento da renda do consumidor. O resultado do calculo de elasticidade neste caso tem valor maior que um.
4. Elasticidade preço-demanda
Através da elasticidade de um produto, é possível saber se a receita final será maior ou menor se o valor do produto sofrer quedas ou aumentos, dependendo da reação do consumidor com a variação do preço do produto. Em outras palavras, o conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas. Por exemplo, para alguns bens os consumidores reagem bastante quando o preço sobe ou desce e para outros a demanda fica quase inalterada quando o preço sobe ou desce. No primeiro caso se diz que a demanda é elástica e no segundo que ela é inelástica. Do mesmo modo os produtores também têm suas reações e a oferta pode ser elástica ou inelástica. Através da elasticidade de um produto, é possível saber se a receita final será maior ou menor se o valor do produto sofrer quedas ou aumentos, dependendo da reação do consumidor com a variação do preço do produto.
- Demanda Elástica: A quantidade de demanda responde de forma sensível a mudança dos preços do produto. Nessa situação, a variação percentual da quantidade acaba sendo maior que a variação percentual no preço, sendo assim, a divisão da variação da quantidade pela variação do preço terá como resultado um valor maior que um. Exemplo: se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em mais de 1%.
Onde:
Epd = Elasticidade-preço da demanda;
q0 = Quantidade no período inicial;
q1 = Quantidade no período final
p0 = Preço inicial
p1 = Preço final
- Demanda Inelástica: Contrário a demanda elástica, ou seja, não responde de maneira sensível a mudança de preço dos produtos. Nessa situação, a variação percentual da quantidade será menor que a variação percentual do preço, sendo assim, a divisão da variação da quantidade pela variação do preço resultará em um valor menor que um. Exemplo: se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em menos de 1%.
- Demanda de elasticidade unitária: Como última situação, a variação percentual da quantidade acaba sendo idêntica a variação percentual do preço, sendo assim, a divisão da variação da quantidade pela variação do preço terá como resultado sempre um. Exemplo: se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em menos de 1%.
O cálculo
referente a esses tipos de demanda dá-se por:
Avaliando essas situações, é possível notar que se um produto com demanda elástica sofrer aumento no preço terá redução na receita final, pois a quantidade de demanda desse produto cairá muito devido a reação dos consumidores que é alta. Se for uma demanda unitária a receita não será alterada independente se o preço aumentar ou diminuir. E se for uma demanda inelástica, se o preço diminuir a receita também diminuirá pois a quantidade demandada não será suficiente para compensar, tendo que aumentar o preço para aumentar a receita, aproveitando que o percentual da quantidade demandada cairá menos que o aumento do preço.
5. Curva
da demanda
Para explicar melhor os
efeitos da demanda, estudemos brevemente a curva da demanda, a qual, numa
determinada posição no gráfico, mostra uma relação direta entre os preços e a
quantidade demandada do produto por unidade de tempo. Quanto maior o preço,
menor a quantidade demandada, e vice versa, como mostrado a seguir:
Gráfico
1. Curva da demanda. Fonte: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/14632.pdf.
Esse gráfico não conta com
as diversas variáveis que possa afetar a demanda, como renda populacional,
gostos e preferencias, impostos, etc., apenas demonstra a lei da demanda. Portanto,
a curva da demanda tende a se deslocar para a esquerda ou direita conforme a
variação de alguns aspectos, como: renda, preço de substitutos, preço de bem
complementar e gostos, como exemplificados no exemplo a seguir:
Gráfico
2. Curva da demanda. Fonte: http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/14632.pdf>.
Acesso em 16 de março de 2013.
Através da
curva da demanda, podemos perceber se um a demanda por certo produto é sensível
ou não a sua variação de preço, ou seja, sua elasticidade-preço da demanda.
Assim como existem a demanda pode ser elástica ou inelástica, também temos
curvas de demanda para representar essas elasticidades:
Gráfico 3.
Tipos de demanda elasticidade-preço, onde P é Preço e Q é Quantidade. Fonte:
http://www.monografias.com/trabajos45/mercado-leche-peru/mercado-leche-peru2.shtml.
Demanda elástica: curva
deitada, onde o valor absoluto da elasticidade-preço é maior que 1 (ou 1%). A
demanda é sensível a mudanças do produto.
Demanda perfeitamente elástica: curva de demanda completamente horizontal. De acordo com da Silva
(2000, apud Mankiw), uma alteração infinitesimal
do preço provoca uma gigantesca redução da quantidade demandada.
Demanda perfeitamente inelástica: é quando a demanda permanece fixa mesmo com uma mudança no
preço, ou seja, não há reação nenhuma a mudanças.
Demanda inelástica: há uma
ligeira alteração na demanda caso haja alteração no preço ou na quantidade
demandada. O valor da elasticidade-produto é menor do que 1%, ou menor que o 1
caso seja o valor absoluto. Essa curva é mais comum para bens essenciais para a
população, como alimentos, onde a demanda permanece a mesma.
Demanda com elasticidade unitária: nessa curva, o valor absoluto da elasticidade é 1, ou seja,
o valor do preço aumenta e a demanda aumenta proporcionalmente na mesma
quantidade.
6.Conclusão
A partir da premissa de
oferta e procura e dos conceitos de demanda citados, fica claro que o objetivo
da elasticidade é de medir os impactos da alteração de valor de mercado de
produtos através da quantidade de consumidores que o desejam adquirir.
Através das curvas de
demanda fica implícito que é de suma importância o foco no consumidor e não
apenas no produto, pois os dois apresentam grande influência para a
estabilidade de uma empresa, sendo possível criar novas possibilidades, aumentar
e melhorar a variedade de produtos através da demanda de bens produzidos,
ajustando a margem operacional e atendendo as exigências de novos e antigos
clientes.
Referências
Bibliográficas
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Acesso em 16 de março de 2013.
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Acesso em 16 de março de 2013.
DA SILVA, Sergio. Elasticidades. Disponível em: <
http://works.bepress.com/cgi/viewcontent.cgi?article=1081&context=sergiodasilva>.
Acesso em 16 de março de 2013.
Economianet. Introdução à Microeconomia.
Disponível em: <http://www.economiabr.net/economia/1_microeconomia.html>.
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FOSCHETE, M. Cursos On-Line – Economia I.
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LAGE, A. L. D. Demanda elástica e inelástica e oferta e
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Acesso em 16 de março de 2013.
Oferta, demanda e preço de equilibro. Disponível em: <http://www2.videolivraria.com.br/pdfs/14632.pdf>.
Acesso em 16 de março de 2013.
Prof Germano. Apostila sobre Elasticidade. Disponível
em: <http://www.fortium.com.br/blog/material/Apostila_sobre_Elasticidade.pdf>.
Acesso em 16 de março de 2013.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. 3ª. Ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
Autores: Carlos Vinícius
Pancioni AD121164
Larissa Oliveira Simões AD121176
Matheus Henrique Leite AD121188
Rafael Henrique Camargo AD121196
Nicolas
de Castro Silva AD121191